quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Jornalista da Folha de S. Paulo conta sua experiência

André Sanches
Sexto semestre

A 9ª Secomt (Semana de Comunicação Toledo) teve início ontem (16), no Unitoledo (Centro Universitário Toledo). A abertura aconteceu às 8h, no Laboratório 6, com palestra da professora mestre Karenine Miracelly, coordenadora do curso de Jornalismo. O tema da Secomt este ano é ‘Jornalismo Internacional’ e teve como convidada também a jornalista Denyse Godoy, que iniciou palestra às 19h30, no auditório da faculdade.

Denyse, 29 anos, atualmente editora do caderno de Economia na Folha de S. Paulo, trabalhou como corresponde em Nova York durante todo o ano de 2007. Ela contou um pouco de sua história. Simpática e meio engraçada, a jornalista ficou bem à vontade para relatar como fez para alcançar o sonho de tantos profissionais da área: ser correspondente internacional.

“A chave de tudo é ser humilde e estar apta para aprender de maneira dinâmica de todas as pessoas possíveis. Por exemplo: eu aprendi muito com os próprios concorrentes”, diz Denyse. O fato de ter sido correspondente foi uma experiência única na vida dela, que tira proveito dessa fase para se projetar ainda mais na vida profissional. “Além da humildade, é preciso se informar melhor sobre tudo o que puder, sobre a pauta e, principalmente, conhecer melhor o lugar onde vai fazer a matéria. É preciso conversar com o editor para saber o que ele quer, para ter o direcionamento correto. Eu pegava muitas dicas com os veteranos, e por causa disso enfrentei bem menos dissabores do que enfrentaria se não tivesse seguido seus conselhos.”

Com essa dinâmica de trabalho Denyse conseguiu o tão sonhado sonho de ser correspondente internacional, mas ainda continua: “Nós, profissionais da área de comunicação, não servimos apenas para ler. Devemos estudar, traçar estratégias para conseguir fazer a matéria mais completa e gostosa de ler.”

DICAS
Denyse Godoy também deu algumas dicas para quem fica horas dentro do próprio apartamento escrevendo: “Eu trabalhava em casa e ficava muito tempo sozinha. Então, pensei que ver gente seria muito bom, logo comecei a fazer academia. Outra coisa é que não é legal trabalhar de pijama, então, nos casos em que trabalhava muitos dias dentro de casa, eu levantava no horário certo, tomava banho e colocava uma roupa social, como se fosse sair.”

Denyse afirmou que nem tudo são flores e teve momentos em que até chorou. “É quase impossível entrevistar políticos muito importantes nos Estados Unidos, porque lá quase ninguém conhece a Folha de S. Paulo. Eu tinha muita dificuldade em assuntos de política. Mas também teve uma vez em que precisei ir para Los Angeles e fique hospedada no hotel onde foram feitas as gravações do filme ‘Uma Linda Mulher’. Me senti muito importante e tive muita vontade de ganhar o Oscar”, disse Denyse, rindo.

AMIGOS
Ela também disse que no exterior os colegas de trabalho, mesmo que de outros veículos de comunicação, acabam se tornando grandes amigos. “Sempre tem alguém que precisa de alguma coisa. Certa vez, esqueci meu gravador e um repórter do O Globo me emprestou. Já em outra ocasião, emprestei uma fita a outro colega do Estadão. Vi muitos repórteres de veículos diferentes se maltratarem, mas não acredito que isso vá dar o furo jornalísticos só a um. Devemos nos ajudar, mesmo porque, nestes casos, é muito difícil alguém conseguir alguma informação sozinho. É preciso se unir nos grandes eventos, senão fica tudo mais difícil.”

2 comentários:

Unknown disse...

Pessoas como a Denyse devem marcar muito a vida aad~emica de vocês. Aproveitem as dicas preciosas.

Unknown disse...

Tão jovem e já cheia de experiências. É no acúmulo de conhecimento que vai se moldando o profissional de amanhã. Compartilhar desses conhecimentos é fundamental para formar o perfil profissional que se deseja. Parabéns Denise pelo sucesso e humildade.