Carlos TeixeiraO diploma caiu. Agora, não é preciso mais o diploma específico de jornalista para trabalhar na área. Advogados, engenheiros, filósofos e quaisquer outros formados poderão atuar nos meios de comunicação. Convenhamos, a decisão do Supremo Tribunal Federal era esperada. Essa medida devia ter sido tomada há muito tempo. Bom, mas antes tarde do que nunca.
Quinto semestre
Alguns coleguinhas acadêmicos, como eu, estão se perguntando: o que vou fazer agora? Continuo a estudar ou abandono tudo, já que não é preciso mais o diploma para atuar como jornalista? Meninos e meninas, fiquem atentos. O Supremo Tribunal Federal tirou do Estado o poder de decidir no nosso mercado de trabalho. O próprio mercado vai se regular e não vai deixar de contratar os profissionais que buscaram a qualificação, a formação profissional para atuar nos veículos de comunicação.
Algumas empresas já se posicionaram sobre isso. As faculdades sérias vão continuar sendo procuradas para fornecer os profissionais para as empresas. O que precisamos fazer, enquanto profissionais, é nos mobilizar para manter as nossas garantias trabalhistas. Apesar da não obrigatoriedade do diploma para atuar no meio, as empresas são obrigadas a manter os pisos salariais, dissídios coletivos e todos os benefícios da categoria. A obrigatoriedade acabou, mas os sindicatos e os direitos trabalhistas conquistados, não!
Diante disso, o Sindicato dos Jornalistas deve mudar a sua postura, já que foi voto vencido, para angariar a simpatia de todos os profissionais para fortalecer a entidade e conquistar outros benefícios. Uma vez deglutida a decisão do Supremo, todos os envolvidos no processo devem rever os conceitos e adotar novas posturas diante da nova situação.
Um comentário:
Continuo cético com relação à revogação da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Continuo enxergando os riscos que isso pode causar à sociedade, tão ávida e carente de informações transmitidas com qualidade.
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