Rafael Lopes
Quinto semestre
O maior objetivo da mídia sensacionalista é obter o lucro e, por isso, não mede esforços para conseguir histórias chocantes. Leal Filho explica que o sensacionalismo dentro do Jornalismo surgiu como fator importante para que houvesse uma valorização da emoção e exploração da tragédia, sendo que já está enraizada nas TVs públicas brasileiras.
Vemos muitos destes programas policiais diariamente, aos finais de tarde, com formatos parecidos, onde toda a equipe de produção se preocupa em abordar e reprisar ao máximo cenas fortes, tudo para conquistar audiência.
O autor cita, para expressar seu pensamento, um acidente envolvendo um homem, onde equipes de bombeiros tentavam reanimá-lo, sendo que a mídia explorou a imagem de forma exagerada, tudo para mostrar ao público e assim conseguir o primeiro lugar no ibope.
Para a indignação do autor, tudo foi transmitido ao vivo, sem respeitar os familiares deste rapaz, que poderiam estar assistindo ao programa. Fica evidenciado que a TV, sem dúvida, se utiliza da estética da violência, ou seja, transforma a notícia trágica em pauta frequente no jornalismo.
Outro recurso também usado pelas mídias é a espetacularização da notícia, comumente aproveitado para conquistar anunciantes para os programas. Com isso, o Jornalismo deixa de ser objetivo, tornando-se um simples entretenimento, como forma de atrair a atenção do público ao seu conteúdo e mais uma vez conquistar a audiência.
O Big Brother e demais reality shows são tipos de programas que exploram a imagem de pessoas anônimas ou não, para reproduzir um espetáculo. A maior briga do autor é na questão de o público se tornar alienado a estes tipos de “diversões”, pois acabam assistindo por não terem opções de escolha, já que as emissoras encaram tais formatos cada vez mais para conquistar o lucro.
Porém, Leal Filho apresenta formas para combater o sensacionalismo e a espetacularização: assistir a TVs educativas, como exemplo, a TV Cultura e a TVE, além de outros canais disponíveis em TV a cabo. Elas não possuem caráter lucrativo e trazem programações de conteúdo, com conhecimento e educação.
O próprio autor relata sua decepção por não existirem programas que resultem em cultura e socialização do telespectador nas TVs comerciais. E ainda completa dizendo que só haverá mudanças se o próprio público não aceitar certos tipos de programas.
Mas o grave problema é que as TVs já conseguiram o domínio sob as massas (público), e dificilmente haverá mudanças na grade de programação de nossos canais de televisão. Ao contrário, cada vez mais, novos realitys shows surgem, e o próximo que poderemos acompanhar nos demais meses é “A Fazenda”, da Rede Record. Que tipo de enriquecimento cultural este tipo de programa trará para o nosso conhecimento? Quantas banalizações ainda seremos obrigados a assistir?
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