Cristiano Morato
Quinto Semestre
Uma história de dor, sofrimento, guerra, perdas, aprendizado, coragem, força. São muitos os sinônimos que envolvem de forma tão rápida a vida de um garoto, tornando-o o homem do morro.
Gente comum, mas que o destino atrai para um caminho sem volta. São cidadãos que trabalham de sol a sol e que no final do dia o que recebem não sobra para o pão do dia seguinte. Meninos que trabalham de lua a lua, e que no amanhecer o que ganharam é muito mais que um dia de serviço de quem trabalhou o dia inteiro, afinal a noite é mais lucrativa. É na noite que as crianças e os pais dormem e os jovens, que deveriam ser o futuro do País, estão na guerra do tráfico.
Há pessoas que lutam por um sonho, independente das condições financeiras ou de moradia. Vão em busca de uma vida melhor, tranquila, ou seja, não se rendem ao destino. Mas quanto a Juliano VP, ele nasceu predestinado a seguir em frente a todo vapor, com garra e coragem de um guerreiro, mas do Morro Dona Marta.
No morro, as coisas são bem democráticas. Há hierarquia de poder como em qualquer repartição. Mas lá quem faz a justiça é o dono do morro, o dono da “boca” de drogas. Os problemas, as brigas e injustiças da comunidade são resolvidos de forma bem simples, com um tiro na mão, pé ou na testa.
A primeira parte do livro, “Tempo de viver”, é a tradução em texto com características fundamentais para conhecer de forma nítida uma parcela da população do Rio de Janeiro que é esquecida pelo resto da sociedade, um lugar onde existe “o lado certo da vida errada”, um percurso envolvente do começo ao fim.
3 comentários:
Adorei o livro e também recomendo.
Também adorei sua resenha. Parabéns!
Ainda não li o livro mas espero lê-lo um dia. Quem sabe não será uma boa maneira de conhecer algo da obra literária de Caco Barcellos,a qual ainda não conheço, e entrar um pouco mais em contato com esse estilo do jornalismo que visa estender uma forma de recorte da vida real.
Ótimo texto. Às vezes não paramos para analisar o quanto somos felizes morando numa cidade tranquila como Araçatuba. O tráfico no Rio promove uma verdadeira guerra civil!
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