domingo, 5 de abril de 2009

Batalha.com

Angélica Neri, Cristiano Morato, Diuân Feltrin, Gustavo Caldeira e Rafael Lopes
Quinto semestre
A batalha teve início às 6h e terminou somente às 10h do dia seguinte. Não é dolorosa, mas é tentadora. A luta é constante. As expectativas são grandes em busca da superação. Não, não é real. Trata-se de um conflito virtual, cujas forças se renovam a cada desafio.

O estudante do primeiro semestre de Sistemas de Informação Lucas Ferreira Nery, 18 anos, vive um duelo tecnológico todos os dias. De um lado, o desejo de alcançar a vitória. De outro, a intervenção paterna, que obviamente tem preocupação com o desenvolvimento do jovem.

O jogo on-line “Battle Field” é o amigo inseparável do universitário. Essa ferramenta de entretenimento consiste numa rede de exércitos que lidera uma disputa pela sobrevivência. Na vida real, a fome, a sede e o sono são, segundo ele, problemas fáceis de serem contornados. “Costumo fazer minhas refeições em frente ao computador. Sempre que estou jogando deixo um pacote de bolacha e um copo de leite ao meu lado”, afirma.

A possibilidade de navegação pelos diversos “www”, a troca de relacionamento com pessoas desconhecidas do mundo inteiro e a enorme quantidade de jogos on-line disponibilizados pela internet têm contribuído para que cada vez mais pessoas passem horas em frente ao computador, tornando-se “cyberdependentes”.

Apesar do tempo dedicado ao cyberespaço, o jovem consegue reservar um tempo, aos fins de semana, para sair com os amigos. Entretanto, como muitos usuários compulsivos, Nery não se imagina desprovido da rede. “Quando fico sem internet, sinto-me depressivo. Quando estou na minha casa, estou conectado. A TV não tem programas bons que chamem minha atenção”.

O universitário afirmou que, além dos jogos, costuma acessar o site de relacionamento “Orkut” e conversar por meio do programa de mensagens instantâneas “MSN”. As pesquisas para trabalhos acadêmicos são realizadas com o auxílio do “Google”. “Quando vejo que a internet vai me prejudicar nos estudos, eu desligo. Tenho consciência de que existe o momento da diversão e o momento de se dedicar à faculdade”.

Mas, às vezes, Nery extrapola e não vê que 28 horas se passaram. São nessas horas que os pais interferem e tomam atitudes para colocar ordem à situação. “Já aconteceu de meu pai tirar o cabo da internet ou desligar a energia”, revela.

Um comentário:

Suéllen Rosim disse...

Amigos voçês são otimos... a materia ficou muito boa.. meus parabens...